Consulta ginecológica
A consulta e o exame ginecológico são fundamentais para a promoção da saúde da mulher. Até mesmo mulheres que não apresentam nenhum sintoma devem realizar um acompanhamento regular com ginecologista, de forma que seja possível prevenir, rastrear, diagnosticar e tratar diversas doenças ginecológicas.
De acordo com as características de cada paciente, como a sua história médica, faixa etária e queixas clínicas, diferentes exames devem ser realizados, entre eles o citopatológico do colo do útero e a mamografia. Além disso, a consulta com ginecologista é essencial para a avaliação de uma série de outros aspectos da saúde feminina, como a indicação do método contraceptivo mais adequado para cada paciente, tratamento de desconfortos relacionados à menopausa ou investigação de outros sintomas que podem surgir ao longo da vida da mulher.
Cada mulher é única e, portanto, a consulta ginecológica deve ser sempre individualizada, buscando atender às demandas de cada paciente, esclarecer suas dúvidas e proporcionar o melhor atendimento para cada uma delas.
DIU
O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto em formato de T que é inserido no interior do útero para que atue como contraceptivo, impedindo a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. É um método muito eficaz, com alta taxa de satisfação e de longa duração - entre 5 e 10 anos, podendo ser removido em qualquer momento se a mulher desejar engravidar.
Existem diferentes tipos de DIU, que podem ser hormonais ou não hormonais. Os dispositivos hormonais (Mirena e Kyleena) contêm progesterona, enquanto os não hormonais são formados por cobre ou cobre com prata.
A recomendação do uso do DIU e do tipo a ser escolhido deve ser baseada nas características e necessidades de cada mulher. Essa decisão deve ser individualizada e compartilhada entre ginecologista e paciente.
Implante anticoncepcional
O implante anticoncepcional (Implanon) é formado por um pequeno bastão que contém progesterona. É um método contraceptivo de alta eficácia, com duração de até 3 anos e, assim como o DIU, pode ser removido em qualquer momento em caso de desejo de gestação.
O Implanon é inserido na face interna do braço, abaixo da pele, com anestesia local. O procedimento pode ser realizado no consultório, de forma rápida e segura.
Cirurgia ginecológica
As cirurgias ginecológicas permitem o tratamento de diversas condições e podem ser realizadas por diferentes técnicas - vaginal, laparoscópica ou aberta.
As cirurgias via vaginal são realizadas através de incisões na vagina, sem cortes no abdome, o que promove uma rápida recuperação, com menos dor no pós-operatório. As cirurgias por laparoscopia consistem em uma técnica minimamente invasiva, com pequenos cortes no abdome, também proporcionando uma boa recuperação pós-operatória. Já as cirurgias abertas são realizadas com cortes maiores, sendo necessárias em casos selecionados.
As principais cirurgias realizadas na ginecologia são:
Histerectomia (retirada do útero)
Colpoplastia (correção de prolapso genital)
Cirurgia para incontinência urinária
Miomectomia (retirada de miomas)
Ooforectomia e ooforoplastia (retirada dos ovários ou de lesões ovarianas)
Histeroscopia (visualização da cavidade uterina com biópsia e/ou tratamento de lesões)
Ligadura tubária
Uroginecologia
A uroginecologia é a área da ginecologia responsável pelo diagnóstico e tratamento de problemas associados às disfunções do assoalho pélvico e do trato urinário. Entre essas alterações, estão a incontinência urinária, os prolapsos de órgãos pélvicos e as infecções urinárias de repetição.
O principal objetivo da uroginecologia é promover melhora da qualidade de vida, o que pode ser realizado com tratamentos clínicos ou cirúrgicos, dependendo de cada caso e das características de cada paciente.
Menopausa
A menopausa nada mais é do que o nome dado à última menstruação de uma mulher, e sua data pode ser definida após 12 meses sem menstruar.
O período de transição entre a vida fértil e a pós-menopausa é denominado climatério - uma fase na qual é comum a presença de sintomas que podem impactar de forma importante a qualidade de vida, como ondas de calor, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal.
Os sintomas climatéricos ocorrem pela diminuição dos níveis dos hormônios femininos e, por isso, a principal forma de tratamento é a terapia de reposição hormonal. No entanto, é importante lembrar que existem algumas contraindicações a esse tratamento, sendo necessário que todas as mulheres passem por uma avaliação ginecológica completa antes de iniciar o uso.
Em casos nos quais a terapia de reposição hormonal não pode ser realizada, existem alternativas para manejo dos sintomas. Para essas pacientes, é possível utilizar outras classes de medicamentos que não são compostos por hormônios.